Cantora quer priorizar apresentações intimistas e preservar a saúde física e mental
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A artista Miley Cyrus contou, em entrevista à edição francesa da Vogue, que não pretende mais realizar grandes turnês. A cantora relembrou a apresentação intimista realizada em junho, no Maxim’s, restaurante histórico de Paris, durante o Spotify’s Billions Club Live, e revelou que esse momento marcou o novo rumo que quer seguir: shows menores, em locais simbólicos e cheios de significado.

“Por um lado, não gosto de ficar longe de casa por muito tempo. Por outro, as infraestruturas e os formatos atuais não são adaptados à sensibilidade dos artistas. Quando me apresentei no Maxim’s, o que eu desejava para o futuro se impôs a mim: cantar em lugares magníficos que ofereçam ao público não apenas um espetáculo, mas também um contexto repleto de história e beleza. É muito difícil recriar, em estádios lotados, a emoção dessas salas tão íntimas. Fazer o show é bom, mas eu também quero saborear o momento! Nesse sentido, o local é essencial”, explicou a cantora.

Questões de saúde física e mental também influenciam a decisão da artista. Em entrevista ao programa Good Morning America, Cyrus comentou sobre os desafios de estar em turnê:

“Eu tenho as habilidades físicas e a capacidade de entrar em uma turnê. Eu gostaria de ter vontade de fazer, mas não tenho. Não acho que haja uma infraestrutura de apoio para artistas nessa situação. É muito difícil manter a sobriedade quando você está em turnê, o que é um pilar de estabilidade muito importante na minha vida. É muito difícil manter a saúde mental. Há milhares de pessoas gritando para você, há dopamina, você sente muito amor e, no final do show, você se sente derrubada. Você começa a pensar que ter apenas uma pessoa te amando não é suficiente. É preciso ter 10 mil, 80 mil.”

Além disso, um problema nas cordas vocais tem pesado na decisão de Cyrus. Em conversa com o radialista Zane Lowe, ela explicou:

“Não é que eu não queira voltar a fazer turnês. Toda semana penso em conceitos de turnê, mas não posso arriscar danificar minha voz. Tenho um problema nas cordas vocais. Minhas músicas são intensas — não escrevo canções leves e não faço playback.”