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Símbolo da excelência artística e força cultural afro-americana, grupo segue influenciando gerações com seu som cósmico e eterno.
Poucas bandas conseguiram capturar o espírito de uma época e transformá-lo em legado eterno como a Earth, Wind & Fire. Fundada por Maurice White, a banda é um verdadeiro patrimônio da música mundial, tendo misturado com maestria soul, funk, jazz, R&B, rock e elementos espirituais. Sucessos como “September”, “Boogie Wonderland” e “Fantasy” atravessaram décadas, mantendo-se vivos nas pistas, rádios e memórias afetivas de gerações inteiras.
Nesta matéria especial, revisitamos os marcos que consolidaram a Earth, Wind & Fire como uma das maiores potências musicais do século XX — e seu fogo criativo que segue aceso até os dias de hoje.
A jornada da Earth, Wind & Fire começa com a mente inquieta de Maurice White, então baterista da icônica Chess Records, em Chicago. Após acompanhar nomes como Etta James e Muddy Waters, White decidiu ir além da função de músico: queria criar uma experiência sonora capaz de elevar o espírito, unir culturas e fundir música com espiritualidade.
Inspirado por filosofias místicas, simbolismo egípcio e astrologia, batizou sua nova banda com o nome dos três elementos presentes em seu mapa astral: Earth (terra), Wind (ar) e Fire (fogo). A simbologia guiaria não apenas a identidade visual e musical do grupo, mas também a sua filosofia artística.
Cada elemento representava uma faceta do som da banda:
Terra era o groove sólido, ancorado no baixo de Verdine White.
Ar traduzia-se nas harmonias vocais, nos arranjos de sopro e na leveza melódica.
Fogo ardia nas apresentações eletrizantes, na força performática e na vibração contagiante.
Com Maurice no comando criativo, ao lado do irmão Verdine, do icônico vocalista Philip Bailey, do baterista Ralph Johnson e outros músicos talentosos, a Earth, Wind & Fire rapidamente se tornou símbolo de inovação sonora e estética afro-americana.
O início da ascensão da banda aconteceu nos anos 1970, quando ela passou a emplacar uma sequência de álbuns aclamados, recheados de hits e com forte identidade visual e espiritual. Com a entrada de Philip Bailey como co-vocalista, a química do grupo se intensificou.
O disco “Open Our Eyes” (1974) já sinalizava o potencial da banda, mas foi “That’s the Way of the World” (1975) que a consagrou. O álbum, trilha sonora do filme homônimo, trouxe o hit “Shining Star”, primeiro single de uma banda negra com sonoridade sofisticada a alcançar o topo da Billboard Hot 100.
A partir daí, a Earth, Wind & Fire não parou mais. Discos como:
“Gratitude” (1975),
“Spirit” (1976),
“All ‘n All” (1977),
solidificaram o grupo como referência global de excelência artística.
Em 1979, veio “I Am”, com os clássicos “Boogie Wonderland”, ao lado do grupo The Emotions, e a premiada balada “After the Love Has Gone”, que rendeu à banda um Grammy e mostrou sua versatilidade emocional.
Mas nenhum sucesso alcançou a onipresença de “September”. Lançada em 1978 como faixa bônus da coletânea The Best of Earth, Wind & Fire Vol. 1, a canção se tornou hino atemporal, redescoberto continuamente por novas gerações, além de ser trilha sonora de memes, comerciais e festas ao redor do mundo.
Nos anos 1980, mesmo com as transformações no cenário musical, a banda seguiu relevante com hits como “Let’s Groove” (1981), incorporando sons eletrônicos e antecipando tendências da era MTV.
Se a terra representou as raízes e o ar a expansão, é no fogo que permanece aceso o legado da Earth, Wind & Fire. Uma chama artística que resiste ao tempo, segue influente e ainda aquece corações, pistas de dança e mentes criativas.
A banda se tornou referência direta para grandes nomes da música mundial, como:
Prince,
Beyoncé,
Bruno Mars,
The Weeknd,
Alicia Keys,
Anderson .Paak, entre outros.
Mais do que influência musical, a Earth, Wind & Fire mudou paradigmas: mostrou que era possível ser afrocentrado, complexo, pop, espiritual, futurista e global ao mesmo tempo — mesmo em um mercado que frequentemente restringia as ambições artísticas de músicos negros.
Mesmo após a morte de Maurice White, em 2016, o grupo continua em atividade sob a liderança de Philip Bailey, Verdine White e Ralph Johnson, mantendo viva a essência original.
A banda acumula reconhecimentos como:
Rock and Roll Hall of Fame (desde 2000),
Estrela na Calçada da Fama de Hollywood,
Prêmio Grammy pelo conjunto da obra,
Participações em eventos como o Super Bowl, Kennedy Center Honors e diversas premiações musicais.
Mais do que troféus, seu verdadeiro prêmio é o impacto emocional e duradouro de sua música. Basta ouvir os primeiros acordes de “Fantasy” ou “September” para que sorrisos e memórias se acendam — numa conexão quase ritual entre som e alma.
E como não poderia ser diferente, o legado da Earth, Wind & Fire continua iluminando programações como a da Antena 1, que há décadas compartilha com o público o mesmo propósito da banda: usar a música para atravessar o tempo e unir pessoas.
As canções do grupo seguem tocando nas ondas do rádio com a mesma vitalidade de seus primeiros lançamentos. Afinal, quando a música tem alma, groove e propósito, ela não apenas resiste ao tempo — ela transforma o mundo.
Por: Roberto Santana
Redação: Rádio Prime On
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