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O serviço de assinatura Google One, da Alphabet, alcançou recentemente a marca de 150 milhões de assinantes, segundo informou a empresa à Reuters. O número representa um crescimento de 50% em relação a fevereiro de 2024, quando o serviço contabilizava 100 milhões de assinaturas — quase seis anos após seu lançamento.
Esse crescimento acelerado está ligado, em grande parte, ao novo plano lançado pelo Google no mesmo mês, que custa US$ 19,99 por mês e oferece acesso a recursos de inteligência artificial exclusivos, não disponíveis para usuários gratuitos. Embora o Google continue oferecendo planos mais acessíveis voltados apenas para armazenamento em nuvem, foi o novo nível com IA que atraiu “milhões” de novos assinantes, segundo Shimrit Ben-Yair, vice-presidente responsável pelo Google One.
A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla da Alphabet para diversificar suas fontes de receita além da publicidade — que ainda representa mais de 75% dos US$ 350 bilhões faturados pela empresa em 2024. Com o crescimento das assinaturas, a empresa vislumbra uma oportunidade de longo prazo, especialmente diante do impacto causado pelos avanços da IA generativa.
A concorrência com chatbots como o ChatGPT, da OpenAI, e o próprio Gemini, do Google, tem provocado mudanças no comportamento dos usuários e até afetado plataformas estabelecidas. Em um recente depoimento judicial, um executivo da Apple revelou que as buscas realizadas por meio do navegador Safari caíram pela primeira vez, sinalizando que os usuários estão adotando novas formas de busca baseadas em IA. A notícia teve impacto direto no mercado: a Alphabet perdeu US$ 150 bilhões em valor de mercado em apenas um dia.
Diferentemente dos mecanismos de busca tradicionais, as interfaces de IA ainda enfrentam o desafio de monetizar seus serviços com publicidade. Muitas empresas, portanto, estão optando por modelos baseados em assinatura ou cobrança por uso, como forma de sustentar os investimentos na nova tecnologia.
Questionado sobre a estratégia do Google para monetizar o Gemini, o CEO Sundar Pichai destacou a importância das assinaturas: “Assim como fizemos com o YouTube, vamos dar opções às pessoas ao longo do tempo. Para este ano, acredito que vocês verão um foco claro na direção das assinaturas”, afirmou, durante uma conferência de resultados em fevereiro.
O crescimento expressivo do Google One reforça essa tendência e sinaliza que a aposta em inteligência artificial como motor de receita está apenas começando.
Fonte: Reuters